quinta-feira, 21 de março de 2013

Toyo Ito e seu Pritzker

Toyo Ito é um mestre da arquitetura, mais precisamente o 6º gênio japonês a abocanhar um Prêmio Pritzker, o Nobel da Arquitetura. 


Sua versatilidade é absolutamente desprendida de uma só linguagem arquitetônica. "Quem quer que analise o trabalho de Ito nota não apenas uma variedade de programas funcionais, mas também um espectro de linguagens arquitetônicas", “A arquitetura de Ito projeta um ar de otimismo, leveza e alegria e é permeada tanto por um senso de singularidade quanto de universalidade”, dizem as citações do júri do Pritzker no comunicado que homenageia o arquiteto.

Ito é um profissional que se dedica ao processo de descoberta que surge de ver as oportunidades que estão em cada encomenda, em cada local. Ele já projetou casas, lojas, pavilhões, bibliotecas, parques, edifícios, escritórios... e Ito nunca pára. Fundou seu escritório em 1971, mesmo ano em que construiu sua casa, feita de painéis de madeira revestidos de alumínio; a empreitada que veio a seguir consolidou ainda mais sua carreira, a casa de sua irmã, recém enviuvada, no formato de U.

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Em suas obras é possível apreciar o uso de novas tecnologias, como no edifício TOD'S, em Tóquio, onde a pele da construção é também sua estrutura. 

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Ito projetou também a Midiateca de Sendai, no ano 2000, onde fica evidente sua preocupação com a comunicação entre espaços fluidos, uma característica do seu estilo.

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Outros destaques da sua obra são as construções capazes de estimular os sentidos dos usuários, como o Crematório Municipal de Gifu, de 2006, um edifício leve, com uma cobertura branca e curva com iluminação quente e finas colunas que tocam o chão levemente, uma forma de respeitar o luto de quem está no local.

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Para quem não sabe, o Pritzker é um prêmio oferecido anualmente pela Fundação Hyatt, dos EUA, a um arquiteto escolhido pelo júri composto por críticos de arquitetura, arquitetos e patronos do segmento. Niemeyer recebeu a honraria em 1988 e Paulo Mendes da Rocha, em 2006. Esse ano foi a vez de mais um japonês ter seu legado reconhecido.