quinta-feira, 28 de março de 2013

Terrários

Você sabe o que é um terrário? Eu gosto mesmo é de pensar que é um paraíso particular, uma floresta encapsulada que cabe numa mão. Lindos e muito perfeitos para lugares pequenos, esses microjardins resgatam a proximidade com o verde e com a natureza.


Qualquer vaso serve de lar para um terrário, desde que seja transparente. A sacada para ele durar muitos anos é usar plantas com necessidade de manutenção parecidas, as melhores são as com folhas pequenas e crescimento lento. Algumas espécies recomendadas são a Lágrima-de-bebê, a Fitonia vermelha, a Minibromelia, o Musgo fresco, a Suculenta e a Selaginela.

Lágrima-de-bebê

Selaginela



A ideia é deixar o processo acontecer naturalmente. Em alguns casos as plantas podem morrer e dar vida a fungos, ervas daninhas, musgos... e isso é muito bonito. É a transformação da natureza, como acontece nas florestas.



Como fazer um terrário?
Aprenda passo a passo e deixe sua casa muito mais verde, com muito menos trabalho.

1- Limpe o vidro por dentro e por fora.


2- No fundo, faça uma camada de carvão fina apenas no centro do recipiente, mas somente a terra que vai por cima ficará aparente no final.

3- Adicione a casca de pínus, já fazendo o relevo desejado. Jogue mais um pouco de carvão, misturando-o à casca.

4- Cubra a camada anterior (responsável pela drenagem) com a terra, preenchendo também os espaços das laterais.

5- Com um pano umedecido, limpe a terra grudada nas paredes do vaso.

6- Distribua as plantas deixando as maiores no centro e as menores na parte mais externa.

7- Finalize usando pedaços de tijolos, gravetos e outros ornamentos.

8- Molhe todas as plantas com um spray de 250 ml.


Aprenda agora umas dicas espertas para manter o seu terrário sempre lindo e saudável:

- Se o vaso for aberto, borrife 250 ml de água com um spray de 3 a 4 vezes por semana. Se o vaso for fechado, a mesma quantidade de água, mas uma vez ao mês. 

- A exposição ao sol deve ser indireta para não queimar as plantas. 

- Adubar é desnecesário e pode até danificar algumas espécies de musgo.


E saiba que é sempre mais fácil começar com vasos de boca larga. Os estreitos exigem o uso de ferramentas como pinças longas, arames, bambus... e muita habilidade.


 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Toyo Ito e seu Pritzker

Toyo Ito é um mestre da arquitetura, mais precisamente o 6º gênio japonês a abocanhar um Prêmio Pritzker, o Nobel da Arquitetura. 


Sua versatilidade é absolutamente desprendida de uma só linguagem arquitetônica. "Quem quer que analise o trabalho de Ito nota não apenas uma variedade de programas funcionais, mas também um espectro de linguagens arquitetônicas", “A arquitetura de Ito projeta um ar de otimismo, leveza e alegria e é permeada tanto por um senso de singularidade quanto de universalidade”, dizem as citações do júri do Pritzker no comunicado que homenageia o arquiteto.

Ito é um profissional que se dedica ao processo de descoberta que surge de ver as oportunidades que estão em cada encomenda, em cada local. Ele já projetou casas, lojas, pavilhões, bibliotecas, parques, edifícios, escritórios... e Ito nunca pára. Fundou seu escritório em 1971, mesmo ano em que construiu sua casa, feita de painéis de madeira revestidos de alumínio; a empreitada que veio a seguir consolidou ainda mais sua carreira, a casa de sua irmã, recém enviuvada, no formato de U.

photo


Em suas obras é possível apreciar o uso de novas tecnologias, como no edifício TOD'S, em Tóquio, onde a pele da construção é também sua estrutura. 

photo


photo


Ito projetou também a Midiateca de Sendai, no ano 2000, onde fica evidente sua preocupação com a comunicação entre espaços fluidos, uma característica do seu estilo.

photo

photo



photo

Outros destaques da sua obra são as construções capazes de estimular os sentidos dos usuários, como o Crematório Municipal de Gifu, de 2006, um edifício leve, com uma cobertura branca e curva com iluminação quente e finas colunas que tocam o chão levemente, uma forma de respeitar o luto de quem está no local.

photo
photo

photo

Para quem não sabe, o Pritzker é um prêmio oferecido anualmente pela Fundação Hyatt, dos EUA, a um arquiteto escolhido pelo júri composto por críticos de arquitetura, arquitetos e patronos do segmento. Niemeyer recebeu a honraria em 1988 e Paulo Mendes da Rocha, em 2006. Esse ano foi a vez de mais um japonês ter seu legado reconhecido.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Cozinha prática

Com um bom planejamento sua cozinha pode ser a mais prática do mundo. Mas planejamento implica em dor de cabeça? Não senhor, ledo engano. Aqui você vai saber como incrementar sua cozinha ou seu espaço gourmet  com cooktop e coifa para deixar seus momentos no ambiente mais gostoso da casa ainda mais prazerosos.

Alguns cuidados são essenciais para garantir o bom funcionamento desses itens, e o primeiro deles é ler o manual do fabricante com muita atenção, pois cada máquina tem suas peculiaridades e modernidades tecnológicas que podem ficar sem uso se você não souber aplicá-las, além de outra condição importantíssima, que são as dimensões dos equipamentos.

Se os equipamentos estiverem localizados junto à parede, os acessos a pontos de energia e gás  são facilitados, mas se eles estiverem em ilhas, os pontos devem ser direcionados para o piso e o teto. 


O COOKTOP 

Cooktops 90 cm
Cooktop coleção Gourmet 90 cm- Falmec


O próximo ponto de atenção é a escolha da superfície que servirá de apoio para o cooktop (aquele fogão sem forno que é embutido diretamente na bancada). O granito é o material que melhor resiste ao calor, mas se você quiser optar por compostos ou pedras industrializadas, como o Corian ou Silestone, é recomendada a aplicação de apoios metálicos na bancada para apoiar as panelas quentes.

Ainda falando de cooktops, os à gás são infinitamente mais práticos, pois qualquer cozinha está apta a recebê-los. Se você quiser um modelo elétrico, é recomendado reforçar a rede de energia com um disjuntor de 20 amperes, dica válida também para os modelos por indução, que são ainda mais eficientes, pois não perdem calor para o ambiente (só que pedem panelas especiais).

A COIFA

Modelo butterfly
Coifa modelo Butterfly / Linha Da Vinci- Falmec


O desafio encontrado na instalação das coifas é esconder a tubulação que direciona o ar para fora do imóvel, então, se ter uma coifa na cozinha está nos seus planos, avise o arquiteto com antecedência. Se a casa já está pronta, o trabalho do cara vai ser maior, especialmente se não houver um espaço previsto para o duto no rebaixo do teto. Aí a opção vai ser apelar para a marcenaria para a camuflagem, o que também pode ser uma ótima solução decorativa.

Modelo Nuvola
Coifa modelo Nuvola / Linha Da Vinci - Falmec



É importante informar que em cozinhas muito exigidas, a coifa deve ter exaustão a partir de 900m³/h e sua entrada de ar deve ter área igual ou maior que a do cooktop (ou o fogão, se for o caso). E se a sua casa não oferecer saída para o duto encontrar o exterior a coifa vai simplesmente assumir a função de depurador, que filtra o ar e devolve-o para o ambiente. 

Modelo Vision
Coifa modelo Vision / Linha Da Vinci- Falmec

 


quinta-feira, 7 de março de 2013

Cidades fortificadas poligonais


Há cidades que nascem do nada, de repente, quando se vê, o acúmulo de construções perto de um rio ou uma estrada tem vida suficiente para ser mais que uma vila, mas há também aquelas com história ainda mais fascinante, que nascem de um propósito e aparentemente contradizem a ideia de uma cidade real, que cresce desordenadamente. Essas são as chamadas cidades fortificadas, ou poligonais, que tem suas fronteiras delimitadas pela geometria. Invenção do bicho homem, né?

As fortificações poligonais tem origem no século XV, quando seu principal papel era defensivo, e sua posição, sempre estratégica. Vamos tomar como exemplo a vila Almeida, pertencente ao Distrito da Guarda, em Portugal, cuja vocação militar a tornou fundamental durante o século XVIII, quando ocorreram as invasões francesas, e hoje é candidata a Patrimônio Mundial da Unesco.


 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Almeida, Portugal

 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Almeida, Portugal

Sua forma hexagonal estrelada guardava com mais segurança a cidade dos canhões e bombardas, pois não só as muralhas ficavam menos expostas aos ataques inimigos como também ofereciam múltiplos ângulos de fogo ofensivo e defensivo, os conhecidos bastões triangulares, ou as pontas da estrela.

Por quase trezentos anos a engenharia militar desenvolveu este modelo de cidade, com fossos, redutos e torreões, tudo que fosse necessário para a sobrevivência de seu povo, e logo esse modelo de sucesso se disseminou por toda a Europa. Mas no século XIX as cidades poligonais tornaram-se obsoletas, já que as armas se transformaram em projéteis explosivos.

Mas elas resistem, embora seu intuito principal já não seja necessário, e hoje é possível visitar essas cidades fortificadas por todo o mundo, dos EUA ao Japão. Faça seu roteiro e divirta-se mergulhando na história dessas cidades planejadas.


 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Palmanova, Itália


 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Palmanova, Itália

 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Bourtange, Holanda

 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Bourtange, Holanda

 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Naarden, Holanda
 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Naarden, Holanda

 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Goryokaku, Japão

 Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar
Goryokaku, Japão