quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Borobudur

Não é preciso ser budista para admirar sua cultura, seu modo de vida, suas abdicações, suas realizações e seus monumentos.
Na porção central da ilha de Java, a aproximadamente 40 km da cidade de Yogyakarta, um dos centros tradicionais de cultura javanesa, está o Borobudur, o maior monumento budista do mundo, e a mais popular atração turística da Indonésia.


Inicialmente começou a ser construído como um centro hinduísta, no século VIII, pelos reis da dinastia hindu Sanjaya, mas a continuação da história do monumento é feita reis budistas da dinastia Sailendro, que asumiram o governo da região e adaptaram o complexo segundo seu próprio conceito de mundo, transformando-o em uma grandioso monumento sustentado por 60 mil m³ de andesito (rocha magmática) proveniente dos rios da redondeza. Durante os séculos VIII e IX, a arquitetura da Java Central evoluiu muito, em uma área de 10 km² se conservam mais de 25 templos budistas e hindus, que formam o complexo de Prambanan.



Os cientistas que estudam a Indonésia antiga não conseguiram esclarecer totalmente a história desse monumento, pois nenhuma inscrição que esclarecesse a construção do Borobudur foi conservada, então não é possível saber precisamente o ano de início e de término, assim como o motivo e o tempo da construção. 


No ano 928, aproximadamente 70 anos após a construção do Borobudur, aconteceu uma grande erupção vulcânica, e para os javaneses, isso significaria perda da aura do local. Somado ao advento do islamismo, o Borobudur foi abandonado e envolvido pela selva até
sua redescoberta por colonos ingleses, em 1814. Sua recuperação e reconstrução foi promovida pela Unesco e desde 1983 o local recebe muitos turistas, budistas e peregrinos.



O Borobudur está localizado em uma região de terremotos frequentes, alta precipitação pluviométrica e muita variação de temperatura. Originalmente, a água da chuva penetrava na rocha, umedecendo e danificando os fundamentos da construção, já que o sistema de drenagem não era eficiente, o que fazia o andesito rachar com as bruscas mudanças de temperatura. Devido a essas péssimas condições naturais e ao esquecimento por séculos, o estado do monumento tornou-se muito crítico, até a Unesco assumir, em 1973 sua reconstrução. Cada pedra foi marcada, tratada e quimicamente lavada antes de ser recolocada no seu lugar de origem. A "restauração" custou 25 milhões de dólares e durou uma década.